É hora de fazer um balanço do ano que passou.
Este Blog, fruto da gestão O PET QUE QUEREMOS (biênio 2008-2010), cessou as postagens do PETBRASIL por doze meses, como forma de acompanhar a nova gestão da CENAPET. Tivemos neste período cerca de cinqüenta mil acessos.
Porém, um ano depois, em julho de 2011 foi necessário retomar as postagens uma vez que a gestão atual da CENAPET colapsou à cooptação do MEC e ao adesismo mais odioso que poderíamos esperar de um movimento que foi responsável pela não extinção do PET.
O número de acessos em seis meses de postagem supera em 50% o de todos os números posteriores desde a criação deste blog em julho de 2008. Desde lá foram quase 180.000, isto mesmo, quase cento e oitenta mil acessos. Número expressivo que nos permitiu, inclusive, a indicação para o certame do TOPBLOG BRASIL 2011.
No entanto, a comunidade petiana está paralisada. Diante de uma CENAPET cooptada, crédulos e incrédulos passam os dias discutindo atraso de bolsas, de envio de verbas de custeio, dos problemas (sempre os mesmos ...!) do SIGPROJ, etc.
A administração do PET na SESu piorou de formar inacreditável. Porém, a queda foi mais acentuada posto que administrada com ódio, cooptação e deturpação explícita dos princípios fundamentais do PET e da própria democracia.
Os episódios obscuros da exclusão de dois tutores, Profs. Maria do Carmo (UFRPE) e Luiz Eduardo (UFRJ), indica, em tudo, aquilo que mais tememos num governo: a capitulação de entidades, o adesismo à imoralidade, ao pré-julgamento, aos atos sumários, às traições.
É necessário que o MEC explique à sociedade as exclusões e apresente documentos. À CENAPET caberia o honroso papel de cobrar o governo das arbitrariedades que comete. Porém, o que assistimos, totalmente incrédulos, é a participação ativa em mecanismos de arbítrio, lançando mão de expedientes que lembram a “noite de cristal”, na distante Berlim da década de 1930.
A menos de 15 dias a imprensa brasileira revelou uma foto tocante, heróica, de nossa presidenta sendo interrogada por um bando de canalhas do regime militar.
A canalhice era tão explícita que eles cobriram o rosto, cientes da ignomínia histórica que participavam.
Quando o MEC escreve num documento público: “excluam a tutora ou todo o grupo será extinto”, ou quando exigem novo edital de grupo e de substituição de tutor sem que o “antigo” seja ao menos avisado de seu kafkiano processo de cassação, temos que temer a síndrome que se abateu sobre a guerrilheira Dilma.
Quando um preposto do governo aparece num evento do PET e ri explicitamente da morte de um oponente, no caso, o ex-Ministro da Educação PAULO RENATO SOUZA (a quem temos um histórico de lutas, mas no campo democrático), lançando ofensas morais contra sua pessoa, sabemos que o arbítrio impera e que a REPÚBLICA se dissolve.
Não podemos permitir a cooptação, a exclusão, o arbítrio, a tirania, os julgamentos de exceção! A CENAPET em sua constituição como entidade lutou no campo democrático do debate, da constituição, do processo eleitoral aguerrido. Tivemos, p.ex., embates duríssimos, mas sempre a imprensa, o Congresso Nacional e as entidades como testemunhas ou interlocutores. Mas hoje o que temos? Pieguismos, cooptações, barbárie, vendettas! Devemos relembrar o célebre discurso de Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição da República do Brasil (05/10/1988):
“A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia. Quando, após tantos anos de luta e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações”.
Isso mesmo, temos ódio e nojo da ditadura.
Esperemos a saída do Ministro, a substituição da gestão da CENAPET e do capo da administração que mergulhou o PET no caos!
Esperemos que o mal que se abateu sobre nossa presidenta, há mais de 40 anos, não se reestruture no caos da fractalidade da política subterrânea brasileira!
Muda Brasil!
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