Está chegando para todas as Universidades a edição do trabalho "Estudo sobre os Egressos do Programa de Educação Tutorial/PET 1979-2008 MEC/SESu" [sic].
Apesar da amostragem não ter chegado a 10% do número estimado de egressos, dos problemas ligados a uma empresa Jr. não capacitada para a dimensão do trabalho, da não licitação pública da empresa responsável pelo estudo, da contratação de uma fundação privada para transferência de recursos públicos, do custo 4 X superior ao inicialmente previsto, das poucas reuniões presenciais do grupo em Brasília (no MEC) , o estudo, enfim, foi levado a cabo depois de quase três anos desde seu estranho início.
O estudo demonstra o que duas outras avaliações (Balbachevsky e CAPES) na década passada já tinha mapeado: a excelente qualidade da formação tutorial sob a égide do PET.
A publicação que encerra este estudo apresenta, porém, algumas particularidades estranhas, quais sejam:
- endereçamento errado de IES de um dos participantes;
- estampagem da palavra "1a. Edição" quando todos sabem que o número de edições só se dá a partir da 2a. edição (a pergunta que se levanta aqui é: haverá mais recursos drenados nas condições de outrora para outras tiragens?);
- na página 50 chega-se a errar o nome do PET estampando-o como: Programa Educacional [sic] Tutorial.
- esqueceu-se de inserir a palavra CENAPET nos representantes tutores e discentes.
Apesar de mais estes erros, o estudo traz um dos dados mais pretendidos do estudo, fruto da batalha dos membros da CENAPET naquela Comissão, qual seja: o percentual de desligamentos de discentes por conta de atrasos de bolsas.
Este item foi implantado a duras penas pois somente os membros da CENAPET alertaram para a necessidade de sua inserção. Membros do MEC e outros aliados da Comissão não "entendiam" a necessidade deste dado.
Depois de muita discussão, argumentação e retórica sobre a história do Programa, ganhamos, no VOTO, pela inserção do item.
Assim, sabemos hoje que a desastrada política de anos a fio praticada pelo MEC (mantida também de 2005 a 2009) de atrasos sistemáticos no depósito das bolsas foi responsável direta por quase um quarto de desligamentos do PET antes da conclusão do curso (13,83% por auto-desligamento e 8,89% por troca da orientação do PET pela inserção no mercado de trabalho). Uma verdade dura: quase 25% de nossos estudantes desligaram-se prematuramente por política hostil de não busca de um mecanismo ágil de pagamento público de bolsas!
Bom, mas o estudo aí está, mesmo que incompleto e atrasado ...Porém, como diriam nossas avós, antes tarde que nunca ...
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