Na metade dos anos 90 fui convidado pelo Prof. MAURICE BAZIN, para proferir uma palestra num dos mais famosos espaços de ciência interativa (e educacional) do mundo: o EXPLORATORIUM, em San Francisco (EUA).
Na verdade, Bazin havia criado um braço avançado do Exploratorium no difícil e violento Bairro Latino de San Francisco, pois queria a ciência ao alcance dos excluídos. No Brasil, criou, no Rio de Janeiro, o prazeroso espaço batizado de ESPAÇO CIÊNCIA VIVA (ECV).
Conhecia o Prof. Bazin, desde meus tempos de mestrado e doutorado na UNICAMP, graças a um Núcleo que havíamos criado chamado NIMEC (Núcleo Interdisciplinar para a Melhoria da Educação Científica). Através de atividades públicas da ciência, envolvendo oficinas, observação astronômica, mini-cursos, sessões de planetário, etc., criamos uma rede informal de pessoas com uma proposta de ciência pública.
Anos mais tarde, desenvolvemos no Paraná um grande curso de divulgação e popularização científica, curiosamente durante a passagem do cometa Hale-Bopp. O curso era dedicado aos professores da rede pública de ensino do Estado do Paraná.
Bazin sempre dizia: "fazer ciência é em praça pública; é trabalhar com o povo".
Nesta semana, seu coração alegre parou de bater ... mas não sua toada por uma ciência popular, democrática e cidadã.
Adeus Bazin ...
(Marcos Cesar Danhoni Neves, Presidente da CENAPET)
[saiba mais sobre o trabalho do Prof. Bazin em: http://editoraglobo.globo.com/especiais/2006/generosidade/reportagem_68.html)
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