sábado, 7 de abril de 2012

SOBRE OS PLANOS DA SESu PARA O PET



Depois da desfiguração de dois Programas muito distintos: PET (dedicado ao ensino, pesquisa e extensão, indissociadamente) e CONEXÃO-SABERES (dedicado às ações de extensão);
Depois da Portaria golpista que instituiu a rotatividade forçada de tutores, desconsiderando que o próprio Haddad tinha banido esta prática fascista e demagógica anos antes;
Depois da destruição de um processo avaliativo amplo, qualitativo, baseado no fortalecimento dos CLAAs (Comitês Locais de Acompanhamento e Avaliação);
Depois da destruição da função avaliativa dos CLAAs, reduzindo-os à meros "cartórios de repasse";
Depois da instituição de uma plataforma eletrônica antifuncional como o SIGPROJ;
Depois da cassação política de alguns tutores, via processos avaliativos, hoje, revelados, como tendenciosos e eivados de irregularidades;
Depois da cooptação explícita da nova administração da CENAPET, reduzindo-a a um apêndice inoperante, enxovalhando uma instância legítima de críticas e proposições;
Depois da destruição do Conselho Superior do PET, transformando-o num "novo Conselho", inchado e inoperante,
o MEC-SESU prepara-se para o "novo futuro" que se abaterá sobre o PET. E este "novo futuro" passa pelas seguintes ações:
- divisão da tutoria em dois níveis: os antigos (que serão enclausurados no SIGPROJ) e os novos (que serão arrebanahdos via SIGPET);
- troca das tutorias antigas em 2013-2014;
- exclusão sumária após a nova etapa do processo avaliativo de tutores "incômodos" (cassações políticas);
- cooptação mais explícita ainda da CENAPET para destruição completa da representatividade;
- uso político-demagógico das bolsas do PET como "política de governo dadeira de bolsas";
- esvaziamento do processo avaliativo;
- e, finalmente, extinção do PET.
A nova administração do Programa, que guarda muita semelhança com aquela que sucedeu os "annus mirabili" do PET (2002 a 2005), instalou-se no MEC com a intenção clara de dissolver o PET numa sopa de políticas públicas que "doam" bolsas sem preocupação com o substrato acadêmico e de pesquisa no país.
A pergunta é:
Após resistirmos a três ofícios de extinção, a três anos sem bolsa de tutoria, à rotatividade forçada de tutores (hoje, infelizmente, e fascistamente, reinstalada), à divisão cartesiana no processo avaliativo, deixaremos que o MEC corroa nossas bases morais e nos destrua como cucarachas?
À luta!!!!
É preciso resgatar a coragem!!!!

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