Hoje a CENAPET esteve em Brasília, representada pelos Profs. Marcos Cesar Danhoni Neves e Dante Barone, além do representante discente nacional, Daniel Vallerius.
Tivemos uma reunião com a Secretária da SESu, Maria Dallari Bucci, com o representante do PET no DIFES/SESu, Edson Caceres, com a deputada federal, Maria do Rosario, Presidenta da Comissão de Educação da Câmara Federal e sua assessora parlamentar, Srta. Arianne.
A reunião, seguindo um roteiro pré-estabelecido pelo MEC, e bem conhecido da CENAPET, começou com uma hora de atraso e, em decorrência, a Secretária, como na reunião do ano passado, disse que tinha um encontro com o Ministro e podia ficar só 10 minutos.
Reclamamos desse comportamento repetitivo do MEC e dissemos que tínhamos nos deslocado até Brasília com recursos de nossas universidades e que tínhamos muito a falar sobre as correções de rumos na gestão do PET no MEC.
Após esse início, colocamos os vários problemas de gestão, dos pagamentos irregulares de bolsas (uns recebem, outros não), da avaliação, da falta de reunião do Conselho Superior, da necessidade de um evento nacional para discutir mecanismos de avaliação à altura do PET, etc.
De início, a Secretária afirmou que não havia nenhum problema de pagamento de bolsas nem com o processo avaliativo, uma vez que ela invocou uma improvável "contenteza" da "comunidade acadêmica" com o atual processo de avaliação.
Obviamente esta afirmação deixou todos estupefatos! Logo, os fatos discutidos a desmentiram. A SESu tem um enorme problema de gestão causado, quase certamente, para a pouca (e inconfessável) falta de interesse do atual Ministério no PET.
Afirmamos que os pagamentos continuam com problemas sistêmicos em quase todas as IES e que as reclamações sobre o processo avaliativo são transversais em todos os eventos regionais.
A deputada Maria do Rosário revelou-se incrédula com a falta de estrutura na SESu e com os inúmeros problemas de gestão e a total falta de diálogo decorrente da não convocação do Conselho Superior do Programa.
Discutimos a questão da expansão, da não aceitação por parte da SESu, de colocar no Bloco de PETs temáticos, a questão das Licenciaturas.
Sobre PETs institucionais, a CENAPET reafirmou sua posição favorável desde que a SESu seja responsável pela abertura de Editais Públicos próprios e de gerenciamento. O Prof. Cáceres admitiu que esta é uma questão complexa, que levará ainda muito tempo para um equacionamento dessa questão e que, formalmente, aos olhos do MEC, estes grupos inexistem, assim como o PET-Saude nada tem a ver com o PET.
A CENAPET, respaldada pela deputada Maria do Rosario, foi favorável a um relatório que mapeie os problemas de pagamento de bolsas e suas razões (evitando vazamento de informações singulares que nada acrescentam ao processo), focando nas questões macro.
A deputada salientou ainda a necessidade, em virtude da moção aprovada no SULPET, de um seminário nacional de avaliação para fazer avançar esse item, que progrediu em todos os outros aspectos (SINAES, ENEM), mas que nada avançou com respeito ao PET.
A reunião foi muito produtiva. A deputada Maria do Rosario fará todas as cobranças hoje delineadas por escrito, incluindo aí uma resposta do Ministro Fernando Haddad a um ofício exarado há cerca de um mês.
A CENAPET pediu que fossem viabilizados estágios de treinamento para interlocutores para trabalhar a plataforma FNDE. O Sr. Caceres afirmou que fará isso até a primeira semana de junho do corrente ano.
Cobramos ainda as planilhas orçamentárias do PET desde 2006 para entender onde estão sendo aplicados os recursos do Programa e para quais fins.
Boas perspectivas de melhoria, desde que a SESu destrave sua estranha e inexplicável ojeriza à convocação do Conselho Superior.
(A reunião, iniciada às 12h30m, terminou às 14h00m)
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