sexta-feira, 1 de maio de 2009

MAZELAS DA GESTÃO DO PET NO MEC NA GRANDE IMPRENSA



MEC atrasa pagamento de bolsas


01/05/2009 03:01 João Natal Bertotti


O Ministério da Educação (MEC) ainda não fez neste ano o pagamento das parcelas mensais da bolsa oferecida a estudantes (R$ 300) e professores universitários (cerca de R$ 1.300) para as áreas de ensino, pesquisa para iniciação científica e extensão. O atraso atinge cerca de 2,4 mil alunos no país, entre eles 180 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), além de 16 docentes da instituição. A bolsa financia as pesquisas do Programa de Educação Tutorial (PET).
O pagamento deveria ocorrer sempre no quinto dia útil do mês subsequente, com depósito nas agências do Banco do Brasil. No entanto, os meses de janeiro, fevereiro e março estão atrasados. Já a parcela de abril vence no próximo dia 8.
O ministério informou ontem que a primeira parcela do PET, referente a janeiro, será depositada até o início da semana que vem. “As outras parcelas vencidas serão pagas até o fim do mês – o MEC não pretende corrigir os valores. A intenção é cumprir o cronograma a partir do mês que vem”, informou a assessoria de imprensa do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que administra os recursos do programa.
Segundo bolsistas na UFPR, o atraso da bolsa se tornou uma rotina no início do ano, embora o MEC tenha alterado a forma de repasse deste recurso em 2009 para tentar reduzir os transtornos. Até o ano passado, o dinheiro era repassado para as universidades, que faziam os pagamentos para os alunos. Foi assim nos anos de 2006, 2007 e 2008, quando o atraso foi atribuído à demora na votação do orçamento da União. Já neste ano, a causa seriam as últimas mudanças.
O problema é que os alunos bolsistas são proibidos de trabalhar, porque é preciso se dedicar integralmente ao estudo e à pesquisa. “O atraso sistemático se repete nos quatro primeiros meses todo o ano, e o mais grave: muitos estudantes dependem da bolsa para manter a vida acadêmica”, disse Adriana (nome fictício), aluna do último ano do curso de Ciências Sociais da UFPR, que pediu o anonimato por medo de represália.
Adriana contou que seus colegas estão acumulando dívidas e perdendo a motivação e os meios de continuar a vida acadêmica, pois falta dinheiro para tirar cópias, comer no restaurante universitário, pagar a passagem de ônibus, comprar livros, pagar cursos de idiomas. “Além dessas dificuldades financeiras, o atraso evidencia e agrava a falta de compromisso com o programa que vem formando pesquisadores sérios e competentes, que já saem da graduação com as portas abertas para o mestrado, por exemplo”, disse.
Já a universitária Karina (nome fictício), do quinto período de História da UFPR, contou que está usando o limite do cheque especial. “Eu não tenho dinheiro nem para o ônibus. Estou vindo para a universidade de bicicleta”, afirmou.

6 comentários:

Pet Biologia disse...

affe.

Anônimo disse...

Pela primeira vez na história do PET algumas bandeiras tem se levantado a favor dos petianos. Parabéns a Gazeta do Povo, a este Blogger PET BRASIL, porque sem isso ficaríamos muito só nessa luta!

Benno - PET Ciências Sociais UFPR disse...

1. Não entendi o "affe"

2. Peço também que seja divulgado um apelo para que os grupos pet de outras universidades busquem contato com a grande imprensa da sua cidade ou estado para publicar reportagens sobre a situação das bolsas. Aqui eles foram bastante receptivos com a nossa causa. Sendo publicado o assunto em mais veículos espalhados pelo país a repercussão certamente será maior e mais interessante.

Abraços

Anônimo disse...

Somos um grupo novo do PET e o primeiro e único da Universidade, criado em 2008 e começamos as atividades em 2009. Sem esse blog não saberíamos nada do que está acontecendo a nível nacional!!! Só através dele sabemos qual a situação de todos sobre as bolsas e sabemos que não estamos só. Parabéns e obrigado ao blog!!

Anônimo disse...

No banco nos disseram que o dinheiro foi depositado, mas não podem pagar porque nao tem os valores de cada bolsa. Que o organismo responsável tem que registrar o valor que cada um deve receber e que com isso o banco pode pagar. No pet em Brasilia, na quinta, disseram que é a Universidade que tem que fazer isso...
Só sabemos que até agora não temos bolsa nenhuma. Como continuar trabalhando? Queriamos participar dos eventos do PET (SulPET), mas como, sem bolsa??
Para que criar um programa, dar esperança aos alunos, dar muito trabalho, mas não dar estrutura nenhuma?? Que tipo de excelencia academica vai ser criada assim? Gostaria de saber qual o real objetivo e comprometimento do MEC com o programa.

Priscila PET GEOGRAFIA disse...

Gostaria de saber se vocês tem conhecimento se há alguma maneira de os estudantes falarem diretamente com os responsáveis pela emissão das bolsas. Acredito que se fossem apresentadas tais reportagens, poderia haver uma agilização deste processo, que já está em um estado deplorável.