O Presidente da CENAPET, Prof. Marcos Cesar Danhoni Neves, esteve na manhã de hoje na Mesa Redonda sobre avaliação, junto ao Prof. Alvaro Ayala, no ENEPET-2010, em João Pessoa.
O Presidente informou sobre os resultados da última reunião da Diretoria da CENAPET em Brasília, incluindo reajuste das bolsas e convocação do CONSELHO SUPERIOR.
Historiou todo o processo de luta contra a extinção do Programa, da recuperação do processo avaliativo, da criação da CNAA (Comissão Nacional de Acompanhamento e Avaliação) e CLAA (Comitês Locais de Acompanhamento e Avaliação). Apesar de saudar o processo atual de avaliação, que atende uma aintiga reivindicação, qual seja, a de avaliadores ad hocs tutores, o Presidente criticou o processo cartesiano da avaliação e a não existência de um evento sobre avaliação.
Discorreu ainda sobre a cooptação do MEC sobre o FORGRAD e lamentou o uso indevido da sigla PET para programas genéricos que nada guardam em semelhança com o Programa de Educação Tutorial.
Discorreu sobre as dificuldades do evento conjunto ENAPET-SBPC, mas salientou a importância desta conjunção e da necessidade de sermos plurais e encontrar na SBPC e sua Reunião Anual, um momento ímpar para os petianos no encontro com a ciência e a cultura brasileira.
No início da tarde, o Presidente participou de encontro de tutores.
Um comentário:
Muito interessante o resgate histórico feito pelo presidente da CENAPET da história de luta e resistência pela sobrevivência do PET, afinal povo sem história é povo sem memória.
Para os novos integrantes dos grupos PET, os encontros locais, regionais e nacional são foruns de debate e de realização de atividades coletivas, onde vários esclarecimentos podem ser feitos.
Os organizadores do evento se empenharam e receberam todos muito bem! Apesar das dificuldades,o ENCONTRO realizou-se com mais de 400 petianos que se encontraram em João Pessoa na Paraíba! Tivemos cultura, reivindicações, esclarecimentos e apresentações orais, encontro de tutores e encontro de bolsistas! Ficou a reivindicação dos bolbsistas de que representante discente precisa ir compor a mesa! E que os grupos de discussão são importantes.
Esse aspecto da dicotomia foi contemplado numa importante exposição da professora Mércia Batista do PET Antropologia da UFCG, quando declinou que o aluno do PET pensa conceitualmente, pois são alunos que assumem tarefas!
A legitimização do movimento PET perpassa pela construção coletiva que vem ao longo dos anos construindo essa identidade coletiva, abordada pela professora.
Quando o Prof. Marcos Danhoni expos o viés plural e da transdisciplinar que precisa ser considerado nos grupos PET, não se sendo possível portanto, a implantação de uma avaliação nos moldes da efetuada para as pos graduação pela CAPES pois, o PET é um programa específico, cujo verdadeiro foco é a educação em seu sentido amplo.
Embora o PET esteja mais instalado institucionalmente, é preciso observar que se encontra com uma gestão aquém de sua complexidade e dimensão. Afinal se o próprio Conselho Superior do PET não é ouvido há quase dois anos o que se pode esperar? Ainda, a descontinuidade no gerenciamento do programa tem prejudicado o processo das avaliações que queremos!
Infelizmente nenhum representante do MEC/SESu compareceu ao evento nordestino, apesar do convite, dos esforços envidados pela organização do IX ENEPET, conforme colocado, para os presentes pelo Prof. Pedro Christiano, um dos organizadores do evento!
Depois, a definição de cooptar pelo presidente da CENAPET foi interessante, afinal em passado recente, foi encaminhada a ordem expressa do MEC para que as pro-reitorias de ensino de graduação compusessem o PET BRAX ou PET Monstrengo com prazo de validade!!!
A luta continua!!! Navegar é preciso! Rumo ao PET que QUEREMOS, construido coletivamente e, por isso mesmo vem "capturando jovens para a experiência humana. Não devemos nos deixar transformar em objetos" Ser petiano fará a diferença e a história do PET mostrará.
Saudaçoes petianas.
Maria do Carmo
Tutora PET Pesca-UFRPE
Postar um comentário