A pesquisa realizada pela CENAPET sobre a rotatividade de tutores baseou-se sobre uma amostragem de 91 grupos, ou 21,16% dos grupos existentes hoje no país.
Os números revelaram que existe uma rotatividade natural de tutores que gira em torno de 5,9 anos.
As razões de saída dos tutores ficam assim estratificadas: 12,94% por escolha de cargo na admnistração da IES; 35,97% por vontade própria; 2,16% por demissão; 0,72% por falecimento; 21,59% por saída para doutoramento ou pós-doc; 17,27% por aposentadoria; 4,31% por escolha de outra bolsa; 2,88% por enfermidade; 1,44% por avaliação negativa e 0,72% por rotatividade induzida e ilegal de uma IES.
Se somarmos os itens Cargos + Vontade própria + qualificação (doutorado e pós-doc) + outra bolsa, chegamos a um total de 74,80% . Este somatório demonstra claramente que existe uma série de fatores de ordem pessoal e acadêmica que alimentam a rotatividade. Um outro dado que retiramos da amostra de grupos que responderam ao formulário é que, entre a parcela de professores que se retiraram da tutoria por APOSENTADORIA, o tempo médio de permanência foi de 6,4 anos, ou seja, quase idêntico ao tempo de rotatividade natural do tutor.
Estes números desmentem claramente o preconceito que a SESu está propalando (inclusive junto ao FORGRAD) de que tutor tem vitalicidade. Tutor, enquanto bem avaliado deve ser reconduzido. Tutor mal avaliado deve ser retirado.
Qualificar, pois, a avalição deveria ser fulcro das mudanças necessárias para melhorar ainda mais o PET, mas parece não ser esta a idéia do MEC! Este estudo da CENAPET é um marco para combater uma mentira que está sendo repetida centenas de vezes pelos dirigentes, numa atitude à la Goebbels (ministro da Propaganda do Governo Nacional-Socialista de 1933 a 1945: "conte uma mentira tantas vezes até que ela se transforme em verdade!"). A SESu poderá argumentar que, como 06 anos é o tempo da rotatividade natural, então que se imponha o sistema 3 + 3 , como impunha a Portaria 3.385/2005 (posteriormente reformulada e corrigida - Port. 1.632/2006). Somos contra a rotatividade, como chegamos à conclusão nos eventos regionais do PET (e com moções impressas neste Blog e enviadas oficialmente à SESu). E para que sejamos claros, somos a favor de rotatividade mediante avalição de qualidade, como se faz para bolsistas de produtivade do CNPq. O resto é balela e, sobretudo, golpe!
Deveremos lutar!
À luta!!!
Um comentário:
A bolsa referente à abril foi depositada no Banco. Um aviso para aqueles que não sabiam. E, complementando, não veio retroativa! Hehe.
Gabriel G. Barbosa
PET Engenharia Civil - UFPR
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