PET: EDUCAÇÃO TUTORIAL SOB AMEAÇA
O PET é um programa controverso. Amado por uns, nem tanto por outros. Tem no currículo a façanha de ter resistido a uma tentativa de extinção por parte do próprio ministério que o criou. Virou lei em 2005, já na gestão do ministro Fernando Haddad.
Ato contínuo mudou de nome e missão. Deixou de ser Programa Especial de Treinamento que atuava na formação de seus doze membros através de atividades de ensino, pesquisa e extensão, e passou a ser Programa de Educação Tutorial com a missão de atuar junto aos projetos pedagógicos dos cursos em que estão inseridos e difundir o modelo de educação tutorial.
É verdade que a educação tutorial continua como algo alienígena ao ensino superior brasileiro. Pedindo desculpas pela generalização e caricatura, por aqui ainda vige o modelo de aulas expositivas em que o professor vocifera por quase duas horas conhecimentos para uma platéia passiva de alunos.
A revolução de transformar a sala de aula em laboratório, do aprender fazendo, resolvendo situações problemáticas, e principalmente, da autonomia para os estudantes que passam a ser sujeitos de sua própria aprendizagem, por aqui ainda não chegou.
Feynman, o grande físico, quando aqui esteve na década de 50 visitando os melhores institutos brasileiros, ficou estupefato: o bom aluno brasileiro sabia tudo na teoria, mas era incapaz de utilizar seus conhecimentos nas situações mais cotidianas. Nada mudou desde então e continuamos no mesmo paradigma.
Ainda com esta importante missão por cumprir, a Secretaria de Ensino Superior do MEC baixou uma portaria, que no intuito de unir sob a mesma normatização o PET com um outro programa de inclusão social, o Conexão Saberes, retira do PET o vínculo com o curso de graduação e a missão de difusão da educação tutorial.
Desta vez não há ameaça de extinção, pelo contrário, o edital lançado prevê a criação de 150 novos grupos PET e 150 grupos do Conexão Saberes. Expansão necessária e bem-vinda. Mas precisa desfigurar o PET, que já tem 30 anos de sucesso?
Dirigente adora mudar a legislação. A Portaria 591 de 2009 que rege o PET ainda não tem 15 meses de existência, e já se a quer modificada por estas Portarias, 975 e 976, do dia 27 de julho.
Por ocasião da palestra do ministro Haddad na SBPC, no dia 30 de julho, o PET fez uma manifestação, e conseguiu que o ministro recebesse uma comissão de representantes do PET para uma reunião. A reunião aconteceu no dia 6 de agosto, no gabinete do ministro. Os petianos colocaram suas apreensões, mas as portarias estão em vigor e não foram alteradas em uma única vírgula. Não basta receber, há que ouvir e modificar.
A representação petiana aguarda a convocação para a segunda reunião. Em tempo, a Assembleia Geral da SBPC, no dia 29 de julho, aprovou uma moção solicitando a revogação das ditas portarias.
Ato contínuo mudou de nome e missão. Deixou de ser Programa Especial de Treinamento que atuava na formação de seus doze membros através de atividades de ensino, pesquisa e extensão, e passou a ser Programa de Educação Tutorial com a missão de atuar junto aos projetos pedagógicos dos cursos em que estão inseridos e difundir o modelo de educação tutorial.
É verdade que a educação tutorial continua como algo alienígena ao ensino superior brasileiro. Pedindo desculpas pela generalização e caricatura, por aqui ainda vige o modelo de aulas expositivas em que o professor vocifera por quase duas horas conhecimentos para uma platéia passiva de alunos.
A revolução de transformar a sala de aula em laboratório, do aprender fazendo, resolvendo situações problemáticas, e principalmente, da autonomia para os estudantes que passam a ser sujeitos de sua própria aprendizagem, por aqui ainda não chegou.
Feynman, o grande físico, quando aqui esteve na década de 50 visitando os melhores institutos brasileiros, ficou estupefato: o bom aluno brasileiro sabia tudo na teoria, mas era incapaz de utilizar seus conhecimentos nas situações mais cotidianas. Nada mudou desde então e continuamos no mesmo paradigma.
Ainda com esta importante missão por cumprir, a Secretaria de Ensino Superior do MEC baixou uma portaria, que no intuito de unir sob a mesma normatização o PET com um outro programa de inclusão social, o Conexão Saberes, retira do PET o vínculo com o curso de graduação e a missão de difusão da educação tutorial.
Desta vez não há ameaça de extinção, pelo contrário, o edital lançado prevê a criação de 150 novos grupos PET e 150 grupos do Conexão Saberes. Expansão necessária e bem-vinda. Mas precisa desfigurar o PET, que já tem 30 anos de sucesso?
Dirigente adora mudar a legislação. A Portaria 591 de 2009 que rege o PET ainda não tem 15 meses de existência, e já se a quer modificada por estas Portarias, 975 e 976, do dia 27 de julho.
Por ocasião da palestra do ministro Haddad na SBPC, no dia 30 de julho, o PET fez uma manifestação, e conseguiu que o ministro recebesse uma comissão de representantes do PET para uma reunião. A reunião aconteceu no dia 6 de agosto, no gabinete do ministro. Os petianos colocaram suas apreensões, mas as portarias estão em vigor e não foram alteradas em uma única vírgula. Não basta receber, há que ouvir e modificar.
A representação petiana aguarda a convocação para a segunda reunião. Em tempo, a Assembleia Geral da SBPC, no dia 29 de julho, aprovou uma moção solicitando a revogação das ditas portarias.
(Autor: Marcelino Pequeno. In: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=73018 )
3 comentários:
Devo, porém, contrapor um pequeno comentário:
Onde é mesmo que não houve EXTINÇÃO, Marcelino ?
Me desculpe, mas o Edital extinguiu o PET.
O que ele não extinguiu foi a bolsa, os bolsistas, o SigProj.
Mas o PET, enquanto Programa...
foi extinto e criado outro no lugar, com o mesmo nome, com os mesmos bolsistas, mas seguramente outro Programa, com outros objetivos, valores e estratégias.
O PET FOI EXTINTO SIM.
Acabou.
Concordo com o Luiz Carvalho. O PET morreu com pessoas assim no comando. Aqui no RJ nós vamos para uma delegacia prestar queixa contra quem está fazendo isso com o PET.
Boa tarde,
infelizmente tenho e concordar com o Prof. Luiz Eduardo que o PET enquanto Programa foi extinto...
Mas já o foi uma vez e voltou, podemos todos juntos fazer novamente, essa vitória.
E não é "tampando o sol com uma peneira" que vamos fazer isso. É preciso encarar os fatos, a realidade e unir forças para o bem do Programa...
Não importam picuinhas entre professores, entre alunos, entre quaisquer pessoas...só não se pode perder o foco: O bem estar do Programa e a continuidade da sua qualidade!
Luanna
PET-Mecânica
UFPA- Belém
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